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quinta-feira, 14 de maio de 2009

COMO JESUS CHEGOU A SER NAZISTA NO PROTESTANTISMO ALEMÃO .

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Instituto de Teologia para pesquisas sobre os judeus
"Queria levantar a pergunta de porque a teologia se sente atraída para o racismo. Nisso me refiro especialmente a neotestamentólogos do início do século 20 e sobretudo do tempo dos nazistas. O surpreendentemente grande número de professores proeminentes, de cientistas e estudantes jovens que eram envolvidos em esforços de associar nazismo com cristianismo, pretende aqui não simplesmente ser entendido como reação ao desenvolvimento político ou como resultado duma discussão dentro da teologia. Antes, queria mostrar que perceberam e levaram à luz do dia afinidades fundamentais entre racismo e teologia... (trabalho de Susannah Heschel) - LER EM: http://cristaos-e-judeus.info/1038.htm



O maior sinal cristão é profanado


* Obs. As Bandeiras contendo a Cruz cristã com a Suástica nazista no centro,símbolo dos Deutsche Christen, protestantes nazistasdaí as letras D e C na cruz.


"A base da minha apresentação é material de arquivo que faz poucos anos descobri na Alemanha.

Evidencia a existência dum pseudo-instituto de pesquisa para teólogos, o qual se assemelha a outros institutos pseudocientíficos para a



"pesquisa dos judeus", os quais foram instalados em quase todos os âmbitos acadêmicos da Alemanha durante o "Terceiro Império".

No meio dia do sábado de 6 de maio de 1939, um grupo de teólogos, pastores e freqüentadores de igreja protestantes e reuniu na Wartburg histórica para, repleto de orgulho luterano e nacional-socialista, celebrar a abertura oficial do

"Institut zur Erforschung und Beseitigung des jüdischen Einflusses auf das deutsche kirchliche Leben" [Instituto para a pesquisa e eliminação da influência judaica na vida eclesial alemã].

Os fins do instituto eram tanto políticos como também teológicos.


Teólogos protestantes em frente do Instituto 

Para conseguir uma Igreja "desjudizada" para uma Alemanha que estava a "limpar" a Europa de todos os judeus, o instituto desenvolveu novas interpretações da Bíblia e material novo para a liturgia.

Nos seis anos da sua existência, durante os quais o regime nazista cometeu o genocídio nos judeus, o instituto definiu de novo o Cristianismo como uma religião germânica.


O fundador desta, o ariano Jesus, teria lutado corajosamente para destruir o Judaísmo e teria caído vítima na luta, assim que os alemães agora estariam exortados a chegar a serem vencedores na própria luta de Jesus contra os judeus.


Membros do instituto e muitos outros no Império trabalhavam dedicadamente "para o Führer [Líder, Dirigente = Adolf Hitler]", como Ian Kershaw o formulou, para ganhar a luta contra os judeus.

Na Alemanha nazista, a "higiene de raça" chegou a ser uma disciplina, na qual era ensinado como o corpo, em que o espírito ariano habita, possa ser protegido; a teologia desse instituto se dedicava à assistência a esse espírito.

A maioria dos membros e especialmente o diretor acadêmico do instituto, Walter Grundmann, professor para Novo Testamento em Jena, se via como vanguarda

teológica, a qual se dedicava a resolver dum problema que já faz muito tempo atormentava:

Como se pode tirar uma fronteira clara e explícita entre o Cristianismo primitivo e o Judaísmo, eliminando todos os vestígios de influência judaica da teologia e prática cristãs?
os membros do instituto se viam em condição para recuperar o Jesus historicamente genuíno, não judaico, fazendo a mensagem cristã compatível com identidade alemã contemporânea.

Quiseram limpeza, autencidade e uma revolução teológica — tudo em nome do método histórico-crítico e da sua dedicação ao "Deutschtum".
Alcançar isso eles quiseram pela extinção do judaico do cristão.

Nem uma mensagem cristã que estivesse com judaico poderia ser útil a alemães,nem uma mensagem judaica poderia ser uma doutrina exata de Jesus.

Esta era, assim declarou, comparável como aquela da reformação: Os protestantes precisam hoje superar o Judaísmo como Lutero superou o catolicismo.

A eliminação da influência judaica à vida alemã seria uma interpelação à situação religiosa alemã daquele tempo.

Como as pessoas no tempo de Lutero não podiam imaginar um Cristianismo sem o papa, assim não poderiam hoje em dia — assim Grundmann — os cristãos imaginar uma salvação sem o Antigo Testamento.

A Bíblia, assim Grundmann continuou, deveria ser limpada, a sua qualidade não-falsificada restituída, para anunciar ao mundo a verdade sobre Jesus, a saber que era um ariano, o qual aspirava a destruição do Judaísmo.

De 1939 a 1945, o instituto funcionou como uma grande cobertura, sob a qual se podia articular um grande número de posições teológicas antijudaicas de cientistas e pastores.

Alguns, como o próprio Grundmann, empenhavam-se para o afastamento do Antigo Testamento da Bíblia cristã., porque é um livro judaico.

Outros, como Johannes Hempel, professor do Antigo Testamento na Universidade de Berlim, tentavam a manter o Antigo Testamento para os cristãos, já que era no fundo uma mensagem sobre o povo de Israel (e não sobre os judeus), a qual seria importante para o povo alemão ouvir.


O que unia os membros do instituto era a confissão para a exterminação do judaico como meio para a limpeza do Cristianismo e da Alemanha.


No público conhecido como "instituto de desjudiação" o instituto era o instrumento da Igreja Protestante para a propaganda anti-semita.

Grundmann escreveu em 1941:

"Então, porém, o nosso povo que está na luta, contra os poderes satânicos do judaísmo mundial, por ordem e vida deste mundo em geral, com direito lhe dá a despedida, pois não pode lutar contra o judeu e abrir o seu coração ao rei dos judeus.




"Com a prova de que Jesus era, não judeu, mas sim adversário dos judeus, Grundmann ligou o trabalho do instituto com os esforços de guerra dos nazistas.



A extensão da força de atração do instituto era notável: professores universitários, docentes e estudantes evangélicos de teologia em todo o Império chegaram a ser membros do instituto.



Os membros eram subdivididos em grupos de trabalho, produzindo dentro de um ano uma versão "desjudizada" do Novo Testamento, um cancioneiro "desjudizado", um catecismo nazificado e um grande número de livros e panfletos para leigos e cientistas, nos quais expuseram os seus argumentos teológicos.


Teoria racista e Teologia


A minha pergunta abrangente é porque a teoria de raça era atrativa para teólogos protestantes da Alemanha durante a primeira metade do século 20, e porque era tão fácil interpretar o Cristianismo em categorias racistas.

O racismo que se espalhou na segunda metade do século 19 na Europa, atraia protestantes alemães, primeiro, como componente nacionalismo.

Com o século 20, porém, o racismo, especialmente o anti-semitismo, chegou a ser um meio da modernização do Cristianismo e da legitimização das suas doutrinas.

Jesus foi apresentado, primeiro como adversário do Judaísmo, a seguir como inimigo deste e, finalmente, como ariano.

Porque um número tão grande de teólogos e pastores protestantes alemães foi atraído pela teoria de raças e que criou uma autêntica teologia de raças?
Quais ganhos teológicos alcançaram pelo racismo?

A afinidade entre protestantismo alemão e retórica racista está, porém, ancorada, ainda mais profundamente do que somente em comunidades, em opiniões de doutrina determinadas sobre os judeus.


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Um comentário:

pedro disse...

Interessante é o autor deste texto dedicar-se tanto a evocar o prisma ariosófico pertinente do Cristianismo Positivo,onde os grandes valores da humanidade,de ordem moral,espiritual de direito entre outros são especificados por uma determinada raça,um determinado "volk" e se esquecer do caráter racista judaico na hora de tratar de teologia.

No judaísmo,a teologia é inerente a raça,não no sentido volkista,mas no sentido de exclusividade perante Deus.Ai,a raça não cria nada especifico nos moldes ariosóficos do nazismo,mas é favorecida por Deus e deve ser favorecida por ela mesma A CIMA DE OUTRAS.

Tal racismo judaico pode ser observado no Talmud e em algumas passagens do Antigo Testamento e Jesus Cristo veio de fato acabar com os abusos humanos dos judeus que perverteram SIM a verdade de Deus.

A idéia do cristianismo positivo se fundamenta em heresia gnóstica e ariosofista,onde o Deus do Antigo Testamento é um Deus ruim e o Deus do Novo Testamento é um Deus bom e Jesus seria UM ENTRE TANTOS avatares dos deuses Arianos...

Este ponto é errado,mas não completamente implausível,considerando a coisa não de cima para baixo,ms de baixo para cima,onde Jesus veio salvar o mundo e dentre estes planos salvíficos livrar o mundo da heresia judaica e de todos os vestígios posteriores de heresias judaizantes.

Assim sendo,evocar o aspecto racial do cristianismo positivo e omitir-se ante o racismo judaico e a teologia judaica impregnada de racismo,é querer limpar a cara do povo judeu que foi maculado e ainda é por sua recusa a Jesus.

Judeus são pecadores por serem judeus,criminosos por serem sionistas e segregadores por serem racistas.

Não adianta querer limpar a cara do povo judeu neste aspecto.E observar isto não é ser nazista ou racista,é ser racional e concordar com grandes lideres do passado da Igreja.